Adail Pinheiro, pedofilia. |
A sessão que condenou Pinheiro foi realizada na manhã de
hoje, a portas fechadas, em segredo de justiça. Ainda cabe recurso à decisão.
Além do ex-prefeito, o TJAM condenou outros envolvidos na ação. De acordo com a
assessoria do tribunal, todas as condenações foram por unanimidade.
Ex-secretário de Governo de Coari, Adriano Teixeira Salan
foi condenado a 10 anos e cinco meses. A ex-servidora Maria Lândia Rodrigues
ficará presa por 11 anos, enquanto Eudes de Souza Azevedo e Osglébio Fernandes
Gama por 13 anos e seis meses.
Durante o julgamento, o relator do processo, desembargador
Rafael de Araújo Romano, disse que este não foi o primeiro nem será o último
processo de Adail Pinheiro. “Ainda tenho outros processos envolvendo não apenas
ele, mas outros acusados. Vamos resolver com essa mesma tranquilidade e
celeridade, sempre em nome da Justiça”, ressaltou.
O desembargador observou que as diferenças entre as penas
deve-se ao fato de alguns réus não terem cometido crimes pelos quais outros
foram acusados. “No caso do ex-prefeito,
não houve grave ameaça envolvendo arma, por exemplo”, salientou Romano para
explicar a razão da pena de Pinheiro não ter sido maior.
O relator informou, ainda,
que estão sendo tomadas todas as providências para que outros processos
envolvendo Pinheiro sejam julgados antes do início de 2015. “O réu pode
recorrer, mas, enquanto isso não ocorre, será encaminhado para um presídio
adequado”, informou. Durante o julgamento, houve manifestação em frente ao
tribunal contra pedofilia. O ex-prefeito também foi condenado a um ano e dois
meses de serviços comunitários por crime de responsabilidade. Como prefeito,
contratou um funcionário sem realização de concurso público.
Danilo Macedo* - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando
Cardoso
*A matéria foi alterada às 11h45 do dia 19/11/14 para
correção de informação. Diferentemente do publicado, o prefeito foi condenado
por “exploração sexual de adolescentes” e não por “prostituição de menores”.
Não é correto usar esse termo porque a palavra “prostituição” remete à ideia de
consentimento, o que não ocorre quando uma criança ou adolescente é envolvido
em um ato sexual ou pornográfico
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